OS I N T O C Á V E I S
O filme conta a
história de um senhor chamado Phillippe, milionário, e que possui tetraplegia.
Como o agravo o impede de realizar muitas atividades rotineiras ele necessita
de um profissional de saúde que o assista no dia-a-dia.
Conta também a história
de um homem, o Driss, que foi criado na periferia, pobre, ex-presidiário que
necessitava de um trabalho. Ele era solteiro e morava com a mãe e o irmão. Por
isso, se sentia na obrigação de ajudar a família e de ser “pai” do irmão mais novo.
As histórias desses
dois personagens se cruzam quando o Driss passa a trabalhar como acompanhante
ou cuidador do Phillippe. É claro que ao longo de todo o filme é evidenciado as
diversas diferenças que existem entre os dois. Um era branco, rico, intelectual
e debilitado e o outro era negro, pobre, não muito intelectual, porém muito ativo.
Apesar da total
inexperiência e falta de habilidade do cuidador em cuidar do seu “paciente” é
exaltado a amizade e como que os dois se relacionavam na busca de viver uma
vida um pouco mais leve e sem grandes preocupações com o que já está posto
relativo aos cuidados médicos e a condição física de Phillippe. O cuidado para ser eficiente necessita muito
mais do que técnica e sim parceria e empatia tanto de um como de outro.
Essas questões podem
remeter ao cuidado em saúde, que considera que para se alcançar um êxito na
produção de saúde é necessária a construção desse saber em conjunto
(profissional e usuário). O profissional detém as técnicas médicas, porém o
usuário possui o conhecimento subjetivo do seu campo biopsicossocial. Essa
construção é necessária para efetividade do plano terapêutico.
O filme também
proporciona várias reflexões a respeito de: classes sociais, poder econômico,
acesso a serviços de saúde, características socioculturais, trabalho e renda,
questões familiares, preconceitos, humanização do cuidado, relações
interpessoais, questões raciais, entre outros.
Trailer do filme:
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