sábado, 21 de março de 2015

vamos nos testando

É proposto pelo programa a realização de avaliações periódicas, sendo possível avaliar a nós mesmos, a preceptoria e a tutoria. As avaliações dos especializandos foram encaradas por mim como metodologia para reflexão da nossa inserção. Para mim, que nunca tive experiência profissional, foi um bom momento de enxergar minha atuação ou comportamento nesse espaço. 

Confesso que não fiquei totalmente confortável visto que teve um pouco de estranhamento de ter que ouvir outras pessoas analisando minha postura, tudo isso acontecendo ao vivo, cara a cara. Estranhamento porque é um momento peculiar que não existe na maioria dos espaços que participamos/estamos/ocupamos, muito menos em um ambiente considerado profissional (pois para mim é um ambiente profissional e pedagógico). Porém entendo a proposta e também acho muito válida para essa vivência, para que não exista a possibilidade de tornar algo mecânico e separado dos momentos de concentração, dispersão e imersão prática. A ideia é deixar claro nossa colaboração no serviço e não deixar algo solto, pois o ambiente que ocupamos e a condição que temos é muito importante e de muita responsabilidade.

Apesar de a avaliação se transformar mais tarde em uma nota quantitativa e que precisamos alcançar a nota 7,0 para aprovação (é muita crueldade kkk) eu não entendi a proposta como sendo punitiva e nem tão dura pra ter pontuação mínima como requisito de validade, apesar que essa é a lógica que prevalece. Mas encaro como um bom dispositivo para enxergarmos nossas fortalezas e fraquezas, além das nossas habilidades já adquiridas e aquelas que poderão ser trabalhadas (considerando a limitação do instrumento que não abrange a totalidade das competências/habilidades). 

Compreendo também que essas avaliações podem nos dizer se temos o "perfil" para atuar nesse ambiente, pois antes de profissionais somos humanos com desejos, questionamentos, interesses que talvez o serviço não nos ofereça ou retribua. Nessa perspectiva, penso que nem sempre seremos/estaremos aptos a ocupar uma posição no mundo do trabalho que não nos estimula de alguma forma e assim a nossa "avaliação" pode ter algum viés em algum quesito. E isso pode ocorrer não por incompetência ou negligência nossa, mas porque houve incompatibilidade entre trabalhador e trabalho. E pra mim, isso já seria um ótimo resultado extraído da nossa experiência, pois pode acontecer que possuindo aquelas atribuições (que vem como demanda espontânea) não nos sentimos estimulados e que o "posto" exigia algo que infelizmente não podemos oferecer. Não acho justo nos sentirmos punidos por algum ponto que é muito mais complexo do que a simples vontade de querer ou não fazer, apesar do esforço de tentar cumprir a ação/atividade.


domingo, 15 de março de 2015

Resgate suas forças e se sinta bem


Pontes Indestrutíveis 

Charlie Brown Jr

Buscando um novo rumo
Que faça sentido
Nesse mundo louco
Com o coração partido, eu tomo cuidado
Pra que os desequilibrados
Não abalem minha fé
Pra eu enfrentar com otimismo essa loucura
Os homens podem falar
Mas os anjos podem voar
Quem é de verdade
Sabe quem é de mentira
Não menospreze o dever
Que a consciência te impõe

Não deixe pra depois
Valorize a vida
Resgate suas forças e se sinta bem
Rompendo a sombra da própria loucura
Cuide de quem corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura
Fragmentos da realidade
Estilo mundo cão
Tem gente que desanda
Por falta de opção
E toda fé que eu tenho
Eu tô ligado
Que ainda é pouco
Os bandidos de verdade
Tão em Brasília, tudo solto
Eu faço da dificuldade
A minha motivação

A volta por cima
Vem na continuação
O que se leva dessa vida
É o que se vive, é o que se faz

Saber muito é muito pouco
"Stay Will" esteja em paz
Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem

Eu quero ver meu povo todo
Evoluir também
Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Prosperar também
Resgate suas forças e se sinta bem
Rompendo a sombra da própria loucura
Cuide de quem corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura
Difícil é entender e viver no paraíso perdido
Mas não seja mais um iludido
Derrotado e sem juízo
Então!
Resgate suas forças e se sinta bem
Rompendo a sombra da própria loucura
Cuide de quem corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura
Viver, viver e ser livre
Saber dar valor para as coisas mais simples
Só o amor constrói
Pontes Indestrutíveis

Expectativas...

Há pouco mais de dois meses de experiência vivenciada no cotidiano no Departamento de Atenção Básica, é proposto para os residentes com a presença de preceptores uma conversa sobre a expectativa criada antes de entrar na imersão prática.

Bom... pra começar eu não costumo criar grandes expectativas de nada, me considero (pelo que me dizem e pelos acontecimentos vivenciados por mim) prático e objetivo quanto ao que está por vir independente do campo, se profissional ou pessoal, prefiro viver cada experiência na medida em que elas acontecem. Entre otimista e pessimista, prefiro ser realista, mas tento (mesmo se não der) extrair e analisar os lados positivo e negativo de cada coisa.

Voltando ao programa e para ciência de vocês, a minha única expectativa (independente do grau, se mais ou menos) era/é de aprender. Eu só não podia sair dessa experiência da mesma maneira que entrei. Transformar. Aprender. Vivenciar. Errar. Corrigir. Acertar. Hoje, quinze de março de dois mil e quinze, eu já posso dizer que aprendi muita coisa daquilo que eu deveria aprender estando nesse lugar, nessa condição e vivenciando essa rotina. Não aprendi nada além disso e não que isso seja ruim, pois é tudo que esse ambiente pode me oferecer nesse momento da minha imersão e nessa minha condição. Não podemos negar o "passo a passo", o trabalho de formiga, as pequenas atividades, os detalhes, o pequeno, que juntos fazem os programas, as políticas de saúde acontecerem. E isso não é o fim do processo, o resultado final é a saúde pra todos, a qualidade de vida, o bem estar social que chega e é sentido por cada cidadão brasileiro. Digo isso porque tenho a impressão que todos querem fazer tudo, menosprezando os trabalhos que aos poucos, juntos, se transformam no resultado final que esperamos. Tudo é processo. A rotina nem sempre é agradável e prazerosa, mas temos que começar de algum lugar, fazendo alguma coisa, não pode parar.

Ao longo da conversa sobre as expectativas, saíram críticas quanto ao processo de trabalho, à falta de integração, a incoerências percebidas e também críticas quanto a condução do programa sobretudo na metodologia deste para esse um ano. Partilho do mesmo posicionamento levantado, porém não vejo como sendo apenas falhas ou decepções das vivências, acredito que essa análise é um resultado importante sobre nossa imersão nesse local. Não acho que devemos assumir um papel inerte e deixar por isso mesmo, mas também não acredito que sozinhos (especializandos e alguns preceptores) consigamos mudar essa realidade presente há algum tempo no departamento. Pra mim, o que pode ser feito é a conversa, o debate, expor as impressões e deixar claro (se tivermos) nossa sugestão para resolver a questão. Se não tivermos solução, penso que só é uma crítica pela crítica. Na minha opinião se não tiver alternativa para solucionar o problema a crítica se torna vazia e pode gerar desconforto para aqueles que estão mais implicados com a questão. Achar uma proposta de solução seria a nossa maior contribuição na minha opinião. Quanto as críticas sobre a metodologia do programa, acredito que também com a exposição das questões e com debate é que resolveríamos os problemas. Assim aqueles factíveis de mudanças resolveríamos ainda nesse programa e os que não deixaríamos como proposta para as próximas turmas.

Após essa conversa percebi como é difícil decifrar nosso papel na imersão prática, alguns preceptores querem expressamente que tenhamos uma postura de trabalhadores, já outros preferem que tenhamos uma participação menos ativa nas coordenações e segundo um relato, tem preceptores que acham que somos estagiários. Esse desajuste deixa ainda mais complicado nossa vivência, além dos desafios do aprender-fazendo e do pouco tempo que iremos passar em cada coordenação para que tenhamos, por exemplo, um papel de "trabalhador". Independente da nomenclatura, eu prefiro me posicionar como eu realmente estou dentro dessa imersão e eu estou como especializando. Estou aprendendo na prática. É ocupando esse lugar que cumprirei minha imersão prática.














terça-feira, 10 de março de 2015

JAN, FEV, MARÇO

Ao longo desse período (que passou voando) aconteceram várias coisas. A primeira delas foi a escolha de ter ido para a frente do PMAQ. Eu nunca saberei se a outra opção seria melhor que essa, porém a escolha superou minhas expectativas e encontrei um ambiente que eu me encaixasse sem me sentir desconfortável.
Até então eu não tinha conhecimento sobre o PMAQ que é o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica.Não acho que eu tenha completa noção sobre o programa, visto que é um programa complexo e possuí um conjunto de atividades, ações, objetivos, detalhes operacionais, de planejamento e experiências adquiridas dos outros ciclos que eu não participei ou não tive acesso que me impede de ter um olhar mais amplo sobre o PMAQ. Ainda assim considero que nesses dois meses de experiência (muito pouco tempo) eu pude aprender várias coisas relacionadas diretamente ao PMAQ, mas também várias outras sobre a Atenção Básica, sobre planejamento e sobre política.
Desde quando entrei na frente que eu já possuo um produto para ser realizado ao longo dos três meses de imersão nessa Coordenação. Atividade que apesar da sistematização para sua realização, me dá muita autonomia sem a necessidade de depender de alguém o tempo todo me auxiliando na sua execução. Além disso, participo de outras atividades referentes ao PMAQ, como, responder e-mail, atender telefones para responder dúvidas de gestores, participar de reuniões de planejamento, reuniões que envolvem outras coordenações, reuniões externas com as universidades.
Reconheço que estar nesse espaço é muito potente para minha formação e onde eu absorvo conhecimentos, é um lugar que eu posso aprender fazendo ou mesmo observando. E se o objetivo é aprender, estou aprendendo muito nesse local.